11 dez Pecados e Pecadores
Pecar significa “errar o alvo”, estar desorientado. Do latim, para uma leitura mais profunda da alma humana, a intenção da mostra da AAPI é restabelecer o norte, mostrar que existe uma bússola a ser descoberta.
Se pensarmos nos sete pecados capitais, sem o ranço puritano, ou a mentalidade medieval, mas, de uma forma arrojada e contemporânea, vamos relembrar que já nascemos humanos, somos todos simples mortais tentados distraidamente ao ato de pecar. O prazer não pode ser considerado pecado! Somos seres de corpo e alma. Podemos sim aceitar o desejo porque ele é o motor da vida. Restabelecer o norte é, apenas, cuidar dos excessos.
Gula não se pode confundir com apetite, é muito mais do que isso. É voracidade exacerbada em todos os sentidos.
Ira não é o natural sentimento de raiva ou indignação. É agressividade, intolerância.
Inveja não é admiração nem o desejo de ser como alguém. Invejar é despertar os piores sentimentos.
Preguiça não se confunde com a vontade de não fazer nada, dormir ou espreguiçar. É perder o fio da vida, desistir dos ideais.
Orgulho não é autoestima ou dignidade pessoal . É arrogância, presunção.
Avareza não é parcimônia ou sensatez, é ser pão-duro de emoções, é desconhecer a sua própria competência.
Luxúria não é sensualidade ou prazeres da carne. É se fixar num único foco.
Quando um desejo domina a personalidade e subjuga todos os outros, é sinal de que perdemos o norte. Daí a importância do autoconhecimento, de se enxergar como se é realmente. Portanto, associar “Pecados e Pecadores” ao “Autorretrato” significa uma conexão interessante e pode até trazer um pouco de felicidade a todos, apesar do pecado do narcisismo que estamos todos cometendo hoje.
Por Iara Venier.
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